Maya Gabeira é uma surfista brasileira nascida no Rio de Janeiro e conhecida pela sua habilidade e coragem em surfar as maiores ondas do mundo.

Foi em locais como Brasil, Havaí, Alasca, África do Sul e outros onde a presença de mulheres surfistas ainda não era comum que Maya provou seu talento e foi considerada a melhor big rider (denominação para o surfista de ondas gigantes) do mundo durante vários anos.

Conheça mais sobre a história dessa grande atleta brasileira:

O início da carreira

Maya iniciou no surf aos 14 anos de idade. Aos 15, ao fazer um intercâmbio na Austrália, deixou de ser a criança que não gostava de areia e para se encontrar como surfista e se tornou competidora amadora de surf no Brasil.

Em 2004, aos 17 anos, a carioca terminou o ensino médio e foi para o Havaí viver do surf (você conhece esses seis benefícios do surf para a vida profissional?).

A modalidade Big Rider

Um big rider nada mais é do que um atleta que surfa as chamadas “big waves”, ou seja, aquelas ondas com ao menos 20 pés (6 metros) de altura.

A pontuação do campeonato não tem um padrão de regras definido. A frase que rege as notas dos competidores é: “o surfista que mostrar mais comprometimento nas maiores e mais intensas ondas, com ênfase em manobras, receberá as maiores notas”.

Pontuação no Big Rider

Para incentivar os surfistas a se arriscarem mais, a melhor nota tem peso 2. Ou seja, se um atleta tira 8 e 7, a nota da bateria dele é de 23 pontos (8×2 +7).

O tamanho da onda é outro fator levado em consideração. Portanto, quanto maior estiverem as ondas no dia do evento, mais pontos o surfista ganha. As ondas são divididas em intervalos:

• 25 a 35 pés;
• 35 a 45 pés;
• 45 pés plus.

Conquistas de Maya no surf

Para podermos dimensionar os feitos de Maya na história do surf mundial basta olharmos algumas de suas incríveis conquistas, como:

• Primeira mulher a surfar no Alasca;
• Primeira mulher a surfar na praia de Teahupoo, no Taiti;
• Primeira mulher a surfar na praia de Ghost Tree, na Califórnia;
• Pentacampeã na categoria Melhor Performance Feminina do Billabong XXL Awards (premiação mais importante da categoria);
• Vencedora do prêmio ESPYS (o Oscar dos surfistas de ondas grandes).

O acidente de Maya Gabeira

Maya já era bem conhecida pelos seus feitos ao surfar algumas das maiores ondas do mundo e ganhar prêmios importantes, e já tinha conquistado seu lugar entre as maiores mulheres surfistas da história.

Em 2011, Maya sofreu um acidente surfando em Teahupoo, no Havaí, de onde saiu desacordada do mar. Mas foi em Nazaré, uma pequena cidade no Oeste de Portugal, que ela sofreu o primeiro grande revés de sua carreira e quase perdeu a vida.

Depois de um preparo de quatro meses para surfar no local junto com sua equipe, formada por Carlos Burle, Pedro Scooby e Felipe Cesarano (o Gordo), com muito treino, alimentação adequada e fisioterapia, o grupo viajou para Nazaré, onde os noticiários indicavam que haveriam ondas enormes.

No dia 28 de outubro de 2013, a surfista sofreu um acidente, ou como ela mesmo definiu na gíria do surf, a “vaca histórica”, em uma onda de 25 metros de altura que a deixou longe do surf por dois anos.

Superação e retorno ao surf

Após a recuperação das cirurgias que teve que fazer, Maya Gabeira voltou para o surf em 2015 e neste ano retornou a Nazaré, onde surfou algumas ondas, mas nada perto daquela que foi uma das maiores ondas de sua carreira. Hoje, com 29 anos, Maya divide seu tempo entre o Brasil e o Havaí e é um grande exemplo de superação para todos nós.

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