O design de prancha tem uma relação direta com a evolução do surf como esporte. Com o passar dos anos, materiais, pesos, formatos e tamanhos foram sendo adaptados as diferentes necessidades. Hoje, com a chegada de novas tecnologias, houve uma grande revolução no mercado de pranchas.
Em meio a tantas possibilidades, o diferencial para se chegar a tão desejada prancha mágica, está muito relacionado ao conhecimento. Informação, estudos, testes e precisão são itens que resultam na melhor performance dos equipamentos em vários tipos de ondas.
O desenvolvimento da área, as novas tecnologias, materiais e o design, mudaram os padrões, alterando conceitos e ampliado os limites.
A Powerlight já fabricou mais de 6.000 pranchas e como o assunto é design, que tal anotar algumas dicas com quem domina o assunto? Guga Arruda e Fábio Duarte ressaltam algumas questões importantes, acompanhe:
CURVA DE FUNDO E CURVA DE OUTLINE
Na cabeça de um designer, shaper, o fator que constrói a prancha e toda a visão inicial da hidrodinâmica é a curva do fundo, mais conhecido como rocker. Aquela curva inteira, que vai do bico até o fim da rabeta, é o fator número um no funcionamento de uma prancha.
“O que determina se uma prancha vai ser dura ou solta é a curva de fundo, o roker. A prancha mais curvada tende a fazer mais curvas e a prancha mais reta, tende a correr para frente.”, ressalta o shaper Guga Arruda.
A curva de fundo, vem acompanhada da curva de outline. Quanto mais curva de outilne, menos a prancha corre para frente.
“Pense no surf como uma balança. De um lado velocidade e no outro, as manobras. Uma prancha que corre muito, tem peso maior no lado da velocidade e provavelmente vai manobrar pouco. Uma prancha que manobra muito, provavelmente vai correr pouco. Esses são os contrapesos na hora de fazer o desenho. Tudo que o shaper vai pensar, fundo, outline e as demais variáveis, são para equilibrar a balança, para que a prancha corra muito e manobre muito e seja considerada aquela mágica, veloz e solta”, completa Fábio Duarte.
Além da distribuição do rocker (curva de fundo) e curva de outline, a seguir, alguns fundos de prancha utilizados pelos shapers e suas utilidades.
FUNDO FLAT
O famoso fundo plano. Aquele que proporciona um total apoio na água e faz a prancha flutuar. Simples e muito utilizado, desliza com facilidade e velocidade.
CONCAVE
O mais conhecido, aquele que levanta a prancha da água. Quando você vira a prancha e coloca a parte o fundo para cima, se tiver uma curva contínua é uma prancha concave.
O fundo côncave possibilita uma variação. Pode ser single concave, quando o concave está na prancha inteira, de borda a borda e normalmente é utilizada para cortar a água.
O double concave, se comparada ao single concave tem uma saída de água nas bordas, um fundo intermediário, que traz lifiting e pressão, mas permite estabilidade. Por fim, o triple concave, as duas versões anteriores juntas potencializam a performance, prancha rápida e solta.
V BOTTOM
Projeta a prancha para água, uma ponta, um fundo em formato de V. Essa ponta faz a prancha afundar, virar mais rápido e sem tanta pressão. Esse fundo permite estabilidade e faz com que a rabeta, onde é aplicado, se distribua em dois planos angulados e divididos pela longarina.
REVERSE – V
Pouca curvatura no bico e flat na rabeta, mais projeção na prancha, permitindo troca de borda e viradas.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre curva de fundo, curva de outline e fundos, precisa saber que é possível fazer combinações entre eles e entre outros conceitos com as bordas, por exemplo.
BORDAS
São três formatos básicos: baixa, cravando na água, o médio, mais solta e a versão alta, escapando mais da água. Todas possuem variações intermediárias, especiais e radicais. A combinação de bordas com o fundo forma o edge, que é super importante.
Quer saber qual a receita para chegar até a prancha mágica? Equilíbrio! Saber utilizar todos esses conhecimentos com precisão é o grande diferencial e atribuição das pranchas Powerlight. Reconhecer e isolar todas essas variáveis, depois testar com o nosso time de atletas, nos dá certeza de produzirmos pranchas mágicas. Para nós, é super importante validar isso com o cliente, pois são diferentes biótipos e muitas variáveis.
Desenhar, experimentar, simular e receber o feedback da performance é fundamental para construir esse quiver de pranchas mágicas que a Powerlight ama e sabe produzir.
Gostou? O tema design de pranchas também foi debatido no terceiro episódio do webinar que a Powerlight preparou com Fábio Duarte e Guga Arruda. Se ficou com dúvidas ou quer saber mais, confere aqui.
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