Sabe aquele drop de ‘responsa’, em big waves e condições extremas? Raquel Heckert encara! Na sexta edição de uma série de Lives que a Powerlight está produzindo, a surfista de ondas grandes é nossa convidada. Desta vez, o tema abordado não poderia ser diferente: surf em ondas grandes. Waimea, Pipeline, Puerto Escondido e Mavericks estão na lista de picos que a Raquel já esteve. Em um bate-papo descontraído, a seguir, confira mais sobre a sua história e trajetória no esporte.
Para ser big rider é preciso coragem, talvez este seja o primeiro pré-requisito para se jogar em ondas grandes. Uma modalidade que não é muito divulgada na mídia e com menos destaque entre as mulheres. Por isso, para nós da Powerlight, é muito importante conhecer e contar mais sobre a Raquel, abrir espaço e equilibrar essa balança entre os gêneros.
Sobre a carreira
Com 18 anos, Raquel foi pela primeira vez para Puerto Escondido, onda que a surfista considera muito casca grossa e que por diversas razões, passou a ser o seu local oficial de treino. Foi nessa primeira viagem, que a surfista teve certeza que dropar ondas grandes era o que queria fazer da vida.
Em 2016, com 21 anos, em sua primeira temporada havaiana, participou da primeira competição. No mesmo ano, aconteceu o primeiro evento feminino de ondas grandes da WSL e Raquel foi convidada, mas acabou não competindo. Desde então, já participou de vários eventos, atingiu bons resultados, manteve o foco nos treinos e segue procurando os grandes swells.
Ondas grandes
Por mais incrível que pareça, Raquel já foi longboarder e chegou a participar de algumas competições quando era mais nova. Mas, a surfista mora em Itacoatiara, no Rio de Janeiro, pico conhecido pelo potencial e peso das ondas. Ficou difícil se manter na modalidade e logo começou a curtir ondas maiores, eram as condições que a praia proporcionava, muitos tubos e mar pesado. Hoje, viver do surf em ondas grandes é o que mais lhe instiga.
Quiver
Praticar o surf de ondas grandes exige adequações na rotina do atleta. Por exemplo, não é fácil viajar e transportar o equipamento. Justamente, pois tratam-se de pranchas bem específicas. O quiver da Raquel, por exemplo, é composto por diversas pranchas, entre elas: 8’0, 9’8, 10’2, 10’4, 10’6. Para facilitar a vida? É mais fácil deixar algumas pelo caminho.
Quando esteve em Mavericks para a competição de ondas grandes da WSL, que acabou não acontecendo, deixou uma 9’8 por lá.
“Mavericks requer uma gunzeira, mas não tão grande. Então, cada lugar do mundo, exige um quiver específico, não é uma prancha que serve para tudo.”, comenta a atleta.
“Em Waimea e Jaws uso pranchas maiores, mas em Jaws, por exemplo, eu preciso de uma prancha mais pesada por causa do vento e volume da água.”, completa.
Resumindo, ela tem prancha no Hawaii, Mavericks, uma 9’8 em Puerto Escondido e uma 8’0 em Itacoatiara, que testou e achou meio fina.
Rainha da Série
Todos os picos de onda grande podem ser considerados cascudos, mas é em Waimea que a Raquel se considera mais solta e confortável. Mavericks ela gostou muito, mas Jaws é a onda que considera mais desafiadora.
“Já peguei algumas ondas em Jaws, mas quero voltar com uma prancha melhor. A série chega de surpresa e leva todo mundo, é bem desafiador e o vento influencia muito. Quando está terral, você não consegue ver direito, meio que precisa dropar de olhos fechados aquela onda gigante.”, declara a surfista.
Treinos
Para aguentar os trancos, vacas e drops pesados, Raquel está sempre focada nos treinos fora e dentro dá água. Faz apneia com o brasileiro Ricardo Taveira e quando não tem onda, está correndo ou nadando; trabalhando o cardio. Frequenta academia para cuidar da força e musculatura, além de surfar o máximo que pode.
Medo
Por gostar e amar tanto o surf de onda grande, Raquel trabalha com o medo. Ela gosta de quebrar os limites.
“Se testar e vencer desafios, isso tudo vira um combustível para superar os medos, barreiras e dificuldades. Saber trabalhar o psicológico é importante! “, finaliza a surfista.
Quer saber mais sobre a rotina da Raquel? Dá play no vídeo e confere o resumo da Live. Se assim como a surfista, você procura a prancha ideal e quer um equipamento específico para o seu estilo de surf, a Powerlight tem! Clica aqui e confere os modelos exclusivos para quando o swell estiver big!